Lá no meu Jardim Alegria a vida as vezes prega suas peças. Já começa pelo nome: Alegria... Seria por que é só com muita ALEGRIA no coração que a fome passa, a dor é esquecida ou a solidão é afugentada? Não sei, não. As vezes eu vejo um sorriso alegre na janela, uma criança brincando alegremente com pedrinhas na rua empoeirada e até vizinhos alegres jogando dominó na frente de casa. Mas isso é lá de vez em quando. Na maior parte do tempo não vejo muita alegria.
Talvez a ALEGRIA seja o melhor remédio, talvez o único. Acho que vou começar a prescrever mais dessa ALEGRIA (e menos analgésico e antidepressivo) e quem sabe daí as coisas comecem a mudar por lá.
Quem sabe as mulheres não ficariam tão desanimadas com suas vidas e começariam a cantarolar enquanto cuidam da casa e dos filhos. Os homens não se queixariam de tantas dores nas costas e iriam para o trabalho orgulhosos e satisfeitos. E as crianças? Ah! Elas certamente não faltariam tanto à escola por causa de resfriados intermináveis, mas correriam e gritariam o recreio inteiro brincando de pular corda e pega-pega. É, quem sabe?

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