quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Hygge ⁄rïga⁄ - O jeitinho dinamarquês


Dizem os dinamarqueses que além do peixe defumado o hygge é o produto de maior orgulho nacional (seus olhos até brilham quando tentam nos explicar o que significa).



Recentemente descobri o que é na prática esse tal de jeito hygge de viver que move nossos amigos nórdicos. Hygge é a arte de tornar momentos simples e triviais em algo extraordinário, aconchegante, íntimo. De difícil tradução e pronúncia quase impossível, o hygge é melhor compreendido quando sentido.



Sabe aquele jantar casual com bons amigos que ninguém sente as horas passarem, a comida parece melhor do que nunca, todos se sentem à vontade e a conversa é ótima? Isso é hygge. E aquele entardecer no calçadão da praia tomando um sorvete e batendo um papo-cabeça com seu filho de 4 anos? Também é hygge. Ligar o rádio pela manhã e a primeira música que toca é aquela sua favorita que te enche de ânimo pelo resto do dia? Hygge. Relembrar viagens com amigos, recordar o cheiro da casa da vovó com seus primos, tomar um chocolate quente no inverno ao lado do maridão. Hygge, hygge e hygge, respectivamente. Rir até chorar com a família toda das gafes que cada um cometeu. Hygge de novo.



É simples, genuíno e revigorante. Imprescindível para enfrentar rigorosos invernos escandinavos.



Temos que admitir: até nós brasileiros, mestres do "saber viver", poderíamos nos valer da arte do hygge da longínqua dinamarca.



Então, quando sentir vontade de parar o tempo para aproveitar ao máximo um momento mágico, você acabou de entender o que é hygge!

2 comentários:

Anônimo disse...

Declaração de amizade, admiração e do mais puro amor de amiga

O que dizer??? Como dizer??? Quando dizer???...
Perguntas que não quiseram calar-se em meu coração ( é coração sim e não em minha cabeça... porque sempre que penso em pensar nessa minha querida amiga é meu coração que entra em cena e "pensa" por meu cérebro) nos mais variados momentos e situações desde que fiquei sabendo que uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci, e que vive a vida como um lindo, harmonioso, alegre, radiante e amorosamente enfeitado scrapbook, passou por uma fase em que os incrivelmente belos e coloridos tons de seu scrapbook foram substituídos por enfadonhos e entristecidos tons de "cinza dia nublado" e "preto escuridão sem graça".
Lembro-me como ontem do exato dia em que por telefone pude sentir que aquela bela e irradiante amiga, que iluminava todo o ambiente com seu sorriso, encontrava-se em um momento tempestuoso de sua vida... Era como se eu pudesse mais do que ver seu semblante descaído, eu sentia realmente seu coração espremidinho dentro do meu peito. Acho que a palavra tempestuoso descreve muito bem aquele período. Para mim era como se aquele mil-cores scrapbook, tão cheio de flores como a praça da tulipa em Amsterdã, tivesse sido envolvido por uma pesada e sombria nuvem preta. A partir daquele momento passei horas pensando e orando para poder ajudar minha querida amiga a reencontrar sua caixinha de fitas, laços e crayon para que seu scrapbook da vida voltasse a encher nossos olhos de beleza e nossa alma de alegria. Sentei-me várias vezes diante do papel e caneta pronta para então finalmente “ajudar minha amada amiga”... “Que pretensão” pensava logo em seguida... A 10 mil km de distância a impossibilidade de dar-lhe um abraço me desanimava, e então achava que palavras num papel não seriam suficientes nem úteis naquele momento... Eu baixava então minha cabeça e orava por ela... Daí então, com o coração esperançoso e aliviado em saber que Nosso Amoroso Pai Celestial lhe daria a força, a sabedoria e o consolo necessários para enfrentar aquela fase, eu deixava a caneta e o papel de lado mais uma vez...
Agora talvez me envergonhe por não ter mandado a tão pensada e repensada carta, mas ao mesmo tempo tenho a mais firme e feliz convicção de que fiz o melhor que pude – aliás o melhor que qualquer ser humano pode fazer em momentos difíceis – recorri ao Único e Verdadeiro solucionador de problemas do Universo: Deus!
Hoje já lhe dei aquele tão esperado abraço e encontrei no fundinho dos seus olhos aquele brilho que me deu a certeza de que seu scrapbook voltará a ser ainda mais bonito e harmonioso para a alegria de todos nós que tanto a amamos!!! Alívio, gratidão e felicidade enchem agora meu coração quando penso em você: alívio por começar a ver florzinhas e miçangas novamente em seu scrapbook, gratidão a Deus por Ele ter cuidado de você e felicidade porque meu coração divide a felicidade do seu coração!
Entitulei esse desabafo de Declaração de amizade, admiração e do mais puro amor de amiga porque é isso na verdade que eu tenho a lhe oferecer, e é o que espero poder lhe demonstrar mesmo do outro lado do oceano.
Não consigo nem acreditar o quanto você realmente entendeu do que hygge significa... Mas pensando bem você é a personificação brasileira do jeito hygge de viver ;)
Por fim, quero que saiba que o resultado da “metamorfose” deve-se muito a você: uma “borboleta-exemplo” que poliniza nossas vidas com o doce mel da alegria em meio a belos vôos com tamanha graça e leveza que inspiram força e ao mesmo tempo nos trazem paz.
Com muito amor, de sua amiga Paula :)

Anônimo disse...

Caroline, parabéns!!!

Estou escrevendo sobre meu intercâmbio na Dianamarca, em 94, e essa sua definição de hygge é perfeita! Vou até colocar um link para seu post lá!

Um abraço!

Hernani